Esse é um dos melhores se não "o" melhor filme de live-action da Disney. Cruella é um filme de comédia e aventura digno da personagem criada nos anos 50. Em 2013, a Walt Disney Pictures anunciou a ideia de fazer um novo filme sobre a vilã do filme 101 dálmatas, Cruella De Vil.
O filme teve uma produção de 5 longos anos no total devido a mudanças de elenco, produtores, roteiristas e diretores. As gravações começaram em 2019.
O filme partiu de um primeiro roteiro escrito por Aline Brosh McKenna que foi desenvolvido e revisado por Steve Zissis e Kelly Marcel. Em 2016, o roteiro foi reescrito por Dana Fox, Jez Butterworth e Tony McNamara. Andrew Gunn foi o produtor desse filme. Marc Platt, Kristin Burr e Glenn Close foram produtores executivos. Glenn Close também foi a atriz responsável por dar vida a Cruella de Vill no primeiro live-action de 1996. Inicialmente, o longa seria dirigido por Alex Timbers, mas devido à agenda de trabalho, ele se retirou do projeto no final de 2018 e foi substituído por Craig Gillespie. Além disso, os grandes destaques desse filme são a fotografia de Nicolas Karakatsanis, a trilha sonora de Nicholas Bristell, a maquiagem de Nadia Stacey e o figurino de Jenny Beavan.
O filme apresenta Emma Stone no papel de Cruella de Vil; Emma Thompson como a Baronesa de von Hellman; Joel Fry como Jasper; Paul Walter como Horácio e ainda trás Mark Strong como o mordomo John; Kirby Howell-Baptiste como Anita Darling; John McCrea como Artie.
O QUE EU ACHEI? (CRÍTICA)
O filme é sim de longe um dos melhores live-actions já feitos (na minha opinião, é claro). Cruella trás de volta um tom clássico que a maioria dos filme da Disney já perdeu com o tempo. Ele tem estética visual e sonora que entrega muita personalidade, deixando cenas marcadas na memória e uma identidade amplamente reconhecível.
O primeiro ponto a se falar é a história, que foi muito bem construída, nos fazendo criar empatia desde o primeiro momento pela protagonista de cabelo bicolor. Ao nos mostrar sua introdução até a perda de sua mãe, o longa nos trás aquela nostalgia dos filmes antigos da Disney, como Bambi e O Rei Leão, ao fazer uma personagem de bom coração morrer logo no começo. O segundo ponto é melhor ainda...
Os looks, sem sombra de dúvidas, são o grande destaque, ou melhor, o destaque GIGANTE em Cruella, que nos deixa estarrecidos com cada desfile e apresentação de um look inovador. Por se passar na década de 70, a figurinista Jenny Beavan se deleitou com toda a moda rock e punk dessa época, passando também pelos estilos indie e new wave e deixando a inspiração clássica da alta costura para o figurino da Baronesa, com menções aos estilos de Audrey Hepburn e Jacqueline Kennedy.
O sexto ponto é a diversidade no elenco. Um parêntese muito relevante nesse filme é a questão do personagem Horácio. No romance original de Dodie Smith, Horácio se chamava Saul e era irmão de Jasper; os dois eram conhecidos com "os irmão Badun", o que sugeria uma origem ou ancestralidade do Oriente Médio ou de alguma outra região de fora da Europa. Embora o livro não mencione a origem dos personagens, fica subentendida sua etnia. Saul virou Horácio a partir do filme animado da Disney em 1961.
Já em Cruella, foram elencadas pessoas negras para interpretar Jasper e Anita, um ladrão e uma jornalista. O marido de Anita, o advogado Roger, é interpretado por um ator descendente de iranianos. Isso é importante porque, além de evitar apagamentos históricos, cria uma ambientação próxima da realidade. A França dos anos 70 passava por uma grande mudança cultural devido aos imigrantes que passaram a fazer parte da cultura do país.
E o sétimo e não menos importante são as atuações, principalmente de Emma Stone e Emma Thompson, que brilharam muito em seus respectivos papéis.
E o sétimo e não menos importante são as atuações, principalmente de Emma Stone e Emma Thompson, que brilharam muito em seus respectivos papéis.
O longa segue uma história anterior ao filme de 1996, como se fosse a ascensão de Cruella no mundo da moda, antes de ter o seu desejo por dálmatas. Nessa história, criamos um laço afetivo com uma das vilãs mais famosas das histórias infantis. Agora como podemos romper esse laço? É só rever o filme animado de 1961 e lembrar que "a pele é o que importa".
NOTA: ★★★★★★★★★☆ 9 ESTRELAS
VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:
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