Histeria - Hystería (2011)


Histeria, trouxe a tona uma discursão do começo da humanidade que ainda é debatida nos dias atuais por meio de outros termos, o prazer feminino dado como tabu até hoje é o tema desse filme divertido de 2011.
O filme foi inspirado no livro da historiadora Rachel MainesThe Technology Of The Orgasm, de 1999. O livro explica o termo cientifico do século XIX "histeria feminina"; que era um diagnostico dado a mulheres da época que sentiam "instabilidade emocional" . Essa síndrome poderia causar cegueira, paralisia, surdez, ansiedade, falta de ar, desmaios, nervosismo, doenças psicossomáticas, transtorno de personalidade entre outros. A histeria era considerada comum e crônica entre as mulheres daquela época, e foi assim até 1952, quando o termo parou de ser usado, ao perceberem que todos esses sintomas eram relacionados a sexualidade feminina em normal funcionamento. No começo do século XX os números de diagnósticos de mulheres com histeria foi diminuindo gradualmente, até a extinção do termo. Em alguns casos mulheres eram internadas  a força em asilos ou eram obrigadas a fazer uma histerectomia, que é a retirada do útero. 
O livro de Rachel levanta a hipótese de que massagem genital manual em mulheres diagnosticadas com histeria feminina eram normais no período vitoriano(1837-1901), sua tese ainda é questionada, mesmo sendo derrubada por Helen King em 2010 e mais tarde por Hallie Hieberman em 2018. Ainda sim a pessoas que acreditam na tese de Rachel, como uma alternativa menos agressiva usada pelos familiares na mulheres que eram diagnosticadas com esse "enfermo".
Histeria é um filme do Reino Unido e foi dirigido por Tanya Wexler. Em seu processo de estúdio, houve uma parceria entre a Arte Tv, Haut Et Court, Informant Media, Forthcoming Productions, Beachfront Films, Chimera Films LLC, Delux Productions, Lankn Media e WDR que foram as responsáveis pelas filmagens e a Sony e Columbia por sua distribuição. Seu roteiro foi escrito por Jonah Lisa Dyer, Stephen Dyer e Howard Gensler. Ele também teve Tracey Becker, Judy Cairo e Sarah Curtis como sus produtoras executivas. 
O filme conta a história da invenção do vibrador elétrico. Na história o jovem e estudioso médico inglês Joseph Mortimer Granville, ele não é bem visto entro os outros médicos devido as várias discursões sobre a medicina moderna e sua constante evolução no final do século XIX. Com suas falas progressistas ele acaba despertando rejeição entre os consultórios, clínicas e hospitais da região. Sem esperanças ele encontra um emprego no consultório do Dr. Dalrymple, um médico que trata mulheres diagnosticadas com histeria feminina. Ao ser contratado pelo doutor, Mortimer se muda para a casa de Dalrymple e conhece suas duas filhas Emily uma recatada estudante de fenologia e Charlotte uma feminista pré-moderna. A partir daí, Mortimer tenta aprender a lidar com suas massagens nas partes íntimas e sua vida pessoal.
Em seu elenco temos Hugh Dancy com o Dr. Mortimer; Maggie Gyllenhaal como Charlotte; Jonathan Pryce como o Dr. Dalrymple; Felicity Jones como Emily; Rupert Everett como Lord Edmund; Ashley Jensen como Fanny e Sheridan Smith como Molly.

O QUE EU ACHEI? (CRÍTICA)

Nessa comédia histórica inglesa, o tema abordado ainda é um tabu, para muitas pessoas, mesmo sendo um tema de nicho, ele ainda trouxe dificuldades sobre como ser abordado, tentando amenizar e colocar em um lugar comum para muitos o gênero escolhido foi a comédia. 
O filme conta história de criação do vibrador elétrico o todo o seu processo de debate com a doença em volta dele, a histeria feminina. Assim que o filme começa vemos toda a discursão sobre conservadora sobre o progresso da medicina, e como toda essa ciência era/é baseada em ego e enaltecimento do próprio nome ou ideia. Isso te lembra alguma coisa?...
Mesmo sendo um médico progressista o Dr. Mortimer e o Dr. Dalrymple tem muitas coisas em comum sobre sua opinião do lugar da mulher, mesmo Mortimer percebendo a importância de ouvir o que as "pacientes" tem a falar ele ainda sim é um cientista que tem o mesmo problema com o ego, assim como seus antecessores. Ao se posicionar a favor de uma mulher e contra todo um sistema, ele parece ter aprendido uma lição sobre igualdade de gêneros, mas nem tanto assim, porque estamos falando so século XIX, esse ainda é um problema discutido nos dias de hoje, imagina como era a mais de 100 anos atrás.
O filme como um todo trouxe uma mensagem informativa e de um fato histórico que influenciou a vida de muitas pessoas naquela época e também nos dias de hoje, por mais que o longa tenha sido inovador pela abordagem feita ao falar de um tema que não se fala até hoje, ele trouxe uma certa originalidade ao dar voz e significado a mulheres que estão presentes nesse filme e são as responsáveis pelo seu desenvolvimento e construção tanto dentro da história que foi contada como no apoia na ideia de produzir esse filme. 

NOTA: ★★★★★★★☆☆☆ 7 ESTRELAS

VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:

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