O icônico filme australiano de 1994, chamou a atenção do mundo inteiro, que foi pego de surpresa ao conhecer 3 drag queens que se aventuravam pelo Outback australiano. O filme foi e é um marco histórico a cultura pop e também a cultura LGBTQIA+ por trazer representatividade, temas ainda não abordados no cinema e muita originalidade.
Depois de alguns anos de tentativas frustradas atrás de patrocínio para o filme, Elliott apresentou sua ideia a PolyGram Filmed Entertainment que financiou o filme com 2,7 milhões de dólares australianos e ele foi distribuído pela Roadshow Entertainment. Elliott, Al Clark, Michael Hamlyn, Rebel Penford-Russel que eram os produtores do filme e outros funcionários, aceitaram receber menos dinheiro como pagamento pelo seu trabalho, por acreditarem no projeto que tinham nas mãos; eles receberiam como benefícios, lucros eventuais pela produção do longa, e eles tiveram.
Priscilla, por ter sido considerado como um filme de nicho, foi apresentado em poucos cinemas, mas mesmo assim o filme foi um sucesso de público e de crítica e ainda faturou mais de 30 milhões ao redor do mundo.
No elenco do filme temos Hugo Weaving no papel de Mitzi; Terence Stamp como Bernadette e Guy Pearce como Adam/Felicia e Bill Hunter como Bob.
O QUE EU ACHEI (CRÍTICA)
O filme é uma obra de arte como um todo, ele consegue contar uma história de uma perspectiva única e pouco explorada no cinema, enaltecendo os artistas e a arte drag como um todo, além de saudar toda a beleza e cultura de um país através de sua fotografia.
Ao nos apresentar devagar o mundo drag e as visões de seus personagens, o filme nos cria uma história dentro e outra história, criando um lugar de curiosidade ao espectador que segue atento os acontecimentos do longa. o filme flerta com vários temas polêmicos do meio LGBTQIA+, como igualdade de gêneros, homofobia, pedofilia, e conta os dois lados do etarismo que é o preconceito por idade.
A história do filme como um todo é muito boa, apesar de ter alguns pontos que envelheceram mal. O filme tem algumas piadas machistas e alguns estereótipos sexistas com o lugar de fala das mulher e também passa algumas ideias de xenofobia através de estereótipos que já foram muito usados no cinema e tv. Mas isso até é corrigido de certa forma pelo filme mesmo, só que não de maneira clara nem conclusiva.
O drama de Bernadette é um dos pontos muito fortes desse filme por levar em conta a identidade de gênero que em 1994 era muito pouco discutida e sem claridade cientifica muito menos pessoal.
A vergonha e o medo de existir ou simplesmente ser quem é, nos passa uma ideia solta de certo ou errado, o filme nos mostra bem esses dois momentos em duas cenas distintas que mostram clareza no trabalho de pesquisa e compreensão do roteirista e diretor do filme Stephan Elliott.
Eu tive um pouco de medo desse filme ter envelhecido mal com o passar dos anos e a evolução dos debates, mas até que não o filme ainda continua sendo um referencia a cultura drag e as famílias que são formadas pelo puro e velho amor.
NOTA: ★★★★★★★★☆☆ 8 ESTRELAS
VEJA ABAIXO O TRAILER DO FILME:
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