Saint Laurent (2014)

Por mais que pareça confuso, mas sim, duas biografias da mesma pessoas foram lançadas no mesmo ano. Em janeiro de 2014 Yves Saint Laurent da WY Productions estreou nos cinemas e em setembro do mesmo ano Saint Laurent  da Europa Corp, estreou na busca pelo Oscar.

O filme foi produzido pelos irmãos Éric Altmayer e Nicolas Altmayer, donos da Mandarin Cinéma que assina o filme como produtora, junto com a Europa Corp, ele foi distribuído pela Sony . A obra partiu do idealizador do projeto, o cineasta francês Bertrand Bonello, que dirigiu e filme e também o roteirizou junto com Thomas Bidegain, além deles teve Fabrice Rouaud (Sete Anos no Tibet), que trabalhou na edição do longa. A obra não foi muito lucrativa, levando em conta que teve uma publicidade maior que o filme lançado em janeiro, e contando com seu lançamento em outros países, passou despercebido pelos olhos dos cinéfilos. Mais de 8 milhões de euros foi o seu investimento inicial, seu lucro de quase 2,5 milhões de euros, nem cobriu o preço de sua produção inicial. Se tornando assim um fiasco.

Esse filme tem um tom totalmente diferente do que foi lançado em janeiro. A história começa contando a trajetória de Yves a partir de 1967, onde o estilista já tem sua marca consolidada e um nome forte no mercado da moda. Ele narra sua vida amorosa e seus anseios pessoais de uma forma mais intimista, como se tivéssemos dentro de sua mente por alguns momentos. O longa também mostra sua paixão enlouquecedora pelo michê Jacques de Bascher, que ficou famoso por seduzir homens e mulheres poderosos da época. 

Gaspard Ulliel é o jovem Yves Saint Laurent; Helmut Berger é o Yves mais velho; Jérémie Renier intrepreta Pierre Bergé; e Louis Garrel como Jacques de Bascher.

O QUE EU ACHEI ? (CRÍTICA)

Essa outra versão cinematográfica da vida de Yves Saint Laurent foi um pouco precipitada em seu lançamento. Nem se quer esperou as outras pessoas esquecerem a primeira biografia e já lançou outra como se fosse melhor... e foi?... só um pouco, mas foi.

No filme 2.0 da vida e obra do estilista, nos trouxe uma proposta mais atrevida em comparação ao 1.0, incluindo até um nú BEM FRONTAL do ator que interpreta Yves. Nessa versão, os atores pareciam mais entregues aos personagens e todo o produto nos  demonstrou muito mais intensidade do que o antecessor, mas apesar disso a obra ainda teve cenas muito superficiais, como se quisesse realmente chocar o público. Seus diálogos por outro lado foram desconexos com o contexto do filme. Tem umas cenas com uns diálogos bem intensos, que te deixam curioso com o que pode acontecer com o que acabou de ouvir, só que nada acontece com isso , você apenas vê uma cena como se fosse um curta metragem universitário de 15/30 minutos e acaba ali, não muda a história, nem impacta a vida dos personagens de maneira nenhuma.

Sobre o relacionamento abusivo e co-dependente entre Yves e Pierre, tudo é exposto com muita sutileza, como se não houvesse nenhuma intensidade entre os dois, nem física, nem amorosa. ao assistir é como só houvesse negócios entre eles, isso aconteceu só que anos mais tarde. Sobre o seu relacionamento com Jacques, o filme mostra mais do que o anterior, só que sem sequência, foi como se ele tivesse amado e esquecido, não pareceu nada intenso perto do que o Yves declara em sua biografia.

O longa também tem um erro gigante com a edição, não sei se foi proposital, se realmente acharam que isso funcionaria ou se alguém fez a besteira de achar que o filme estaria bom do jeito que estava, isso fez o filme virar uma bagunça. 

A partir da metade do filme você se confunde com o tempo em que está sendo retratado, as vezes aparece Yves em algum momento velho e depois ele na idade em que esta sendo retratada no filme e depois ficam mesclando cenas dele jovem com ele idoso, até um momento em que você não sabe mais onde está. Nesse momento o filme começa a dar profundidade ao protagonista, só que já é um pouco tarde para isso, afinal se você não gostou do personagem em 2 horas de filme não vai ser nos últimos minutos que ele vai te conquistar. 

Nesses momentos com o Sr. Saint Laurent já idoso, o filme vai te explicar o que houve com os personagens, só que de uma forma extremamente abrupta, sem mais nem menos o diretor decidiu acabar o filme e contar logo o fim de cada personagem, e ele conta mesmo, não mostra o que houve para eles chegarem nessa posição, apenas fala o que aconteceu, até personagens que você nem sabia que eram importantes durante a trama no final é falado que foram essenciais na vida dele, só que isso não foi exibido em nenhuma cena, apenas foi dito isso e pronto! Conforme-se.

NOTA: ★★★★☆☆☆☆☆☆ 4 ESTRELAS

VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO: