Yves Saint Laurent (2014)

Yves Saint Laurent conta a história do famoso estilista francês durante o período de 1958 a 1976. O filme mostra o começo de Yves como prodígio no mundo da moda até a ascensão de sua marca Saint Laurent (YSL) com seu então marido e sócio Pierre Bergé.
O filme biográfico de Yves Saint Laurent foi inspirado no livro da jornalista francesa Laurence Benaïn, o livro, que tem o mesmo nome, foi publicado em 1993 e atualizado com o passar dos anos em suas republicações. O livro Letters to Yves (Cartas para Yves) de 2010, que foi escrito por Pierre Bergé, também foi usado como inspiração para cenas do filme.
O longa foi financiado pela Umedia, pelo empresário Yannick Bollore e pelo produtor Wassim Benji, ambos franceses. Wassim também foi o produtor do filme; escrito pelos roteiristas  Jérémie Guez, Marie-Pierre Huster e Jacques Fieschi. Teve como parceiros na produção os estúdios WY ProductionsCinéfrance 1888, que é uma das empresas do Cinéfrance; foi distribuído na França pela SND films que  faz parte do grande conglomerado de telecomunicações do Metropole Télévision (Groupe M6), já ao redor do mundo o filme foi distribuído pela The Weinstein Company que comprou os direitos do filme em 2013, antes de seu lançamento na França. 
O diretor Jalil Lespert, dirigiu a obra e teve consultoria do próprio Pierre Bergé, ex-marido de Yves. Bergé deu detalhes dos desfiles, e cedeu 77 peças de roupas do desfile original. O filme foi lançado em janeiro de 2014 e teve um investimento de 12 milhões de euros, um valor parcialmente baixo para um filme de época, e teve renda de 21 milhões no total o que não foi muito. O longa teve indicações a alguns prêmios, mesmo apesar de não ter muita repercussão. 
O filme conta a história de Yves a partir do momento em que assume o cargo de estilista chefe da Dior; o longa nos mostra sua paixão por Victoire Doutreleau e sua conturbada relação ao longo dos anos com Pierre Bergé, que foi seu marido e sócio; com quem fundou a marca Saint Laurent (YSL), no longa também é refeito o ensaio fotográfico da coleção de lançamento da icônica peça feminina Le Smoking.
Encarnando Yves temos o ator francês Pierre Niney, Guillaume Gallienne é Pierre no filme e Charlotte Le Bon é a modelo Victoire Doutreleau.

O QUE EU ACHEI (CRÍTICA)

O filme como um todo é muito brando, perto do que realmente deveria ser. Em uma obra biográfica, você não precisa ter medo de exagerar ou mostrar demais, pois uma obra desse tipo é realmente feita de exageros e muitas doses de realidade.
É extremamente compreensível que os filmes em sua maioria queiram passar um ar de vitória e notoriedade no final, afinal o protagonista deve ter batalhado por isso, mas quando se trata de uma biografia isso não é um ponto a ser devidamente seguido, pois isso pode te trazer um tom superior ao longa, uma certa maturidade, nesse caso isso não aconteceu. O filme acaba com mais um tom de derrota do que de vitória, mesmo sabendo que a marca se tornaria uma das principais e mais importantes no mundo da moda. Não te trás um alívio ao subir dos créditos e sim um "foi só isso?" 
Com o passar da história você percebe que a vida de Yves não foi um "mar de rosas" apesar do dinheiro, fama e sucesso; foi também uma história de trabalho duro e muito esforço. Mas isso não te faz gostar mais do filme ou ter empatia por ele e seus personagens, é apenas um fato que você entende e segue em frente esperando que algo mais emocionante aconteça... e não acontece. O Filme termina com um dos consagrados desfiles de Yves. Em seu final, ele sobe ao palco para ser aplaudido pela coleção, mas parece não notar o destaque e repercussão que teve pois está sob o efeito de drogas e calmantes. Isso te trás uma mensagem de "por fora está tudo lindo, mas por dentro..." só que isso foi apenas um encerramento bonito com uma metáfora barata, tinha tudo para ser lindo mas foi só OK.
Como disse no ínicio, o filme é muito brando, mesmo em suas cenas de abuso de álcool e drogas ou no relacionamento abusivo baseado em co-dependência, isso não te faz sentir atraído ou curioso com os fatos da vida do protagonista. Talvez o roteiro?... sim... talvez o roteiro, mas mesmo assim cabe ao diretor dar o tom de dramaticidade aos atores e extrair o melhor deles, aqui não teve nada disso também.
O filme poderia ser incrível, mas não foi. Ele foi chato, do começo ao fim, lento e arrastado, o longa não explorou em momento algum os reais dramas da vida de Yves, se tornando algo comum, como um filme facilmente esquecido.

NOTA: ★★★★☆☆☆☆☆ 5 ESTRELAS

VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:



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