
A Partilha foi inspirado na peça de Miguel Falabella, de mesmo nome. O filme, teve o roteiro adaptado por João Emanuel Carneiro e Mark Haskell Smith, junto com Falabella; foi dirigido por Daniel Filho; já a trilha sonora do filme teve a assinatura de Nelson Motta e Ed Motta. Daniel Filho comprou os direitos da peça para o cinema ainda nos anos 90, logo após sua estreia. A Partilha foi o primeiro filme dirigido por Daniel.
O filme teve o selo da Globo Filmes, Lereby Filmes (que é a produtora de Daniel Filho) e foi distribuído pela Columbia Tristar. A Partilha teve um orçamento inicial de R$ 4,5 milhões, que não foram arrecadados, do valor inicial estipulado pelas produtoras, o filme conseguiu R$ 3 milhões para sua produção. A obra de Miguel Falabella conseguiu reunir mais de 1 milhão de pessoas nos cinemas de todo o país em suas 144 salas, arrecadando quase R$ 9 milhões durante sua exibição. Tornando o filme um dos maiores sucessos do cinema nacional. Mesmo o filme dividindo opiniões da crítica, ainda sim um sucesso para aquele ano.

No elenco Glória Pires dá vida a Selma; Andréa Beltrão é Regina; Lília Cabral é Lúcia; Paloma Duarte é Laura. Ainda temos Marcello Antony como o corretor Bruno Diegues; Herson Capri é o marido controlador Luís Fernando; Fernanda Rodrigues é Simone, filha esotérica de Selma; Chica Xavier é a Bá Toinha; Guta Stresser é Célia, a namorada de Laura; Thiago Fragoso é Maurício, filho de Lúcia; Dennis Carvalho é Carlos, ex-marido de Lúcia; Bianca Castanho é Angela, atual namorada de Carlos.

A Partilha é um dos filmes que faz parte do meu TOP 10 de filmes brasileiros favoritos. É impossível falar de A Partilha, sem falar do desempenho de Glória Pires, Andréa Beltrão, Lília Cabral e Paloma Duarte nesse filme, a química entre as quatro é nítida e envolvente de uma maneira bem famíliar, é como se quem assiste as quatro em cena, já as conhecesse do lado de fora da tela. Suas tramas são bem claras e reais, o que tráz proximidade e empatia do público com cada uma das quatro personagens principais.
SELMA
Glória Pires interpreta Selma, que é a típica mãe conservadora, ela leva uma vida regrada, que é controlada a risca por seu marido Luís Fernando que é militar. Eles são pais de Simone, que está passando por uma fase de autoconhecimento.
A história de Selma é claramente a história de muitas mães e mulheres que passam a vida toda se dedicando aos outros e acabam se esquecendo de si mesmas, e se esquecem de quem são e do que querem com o passar dos tempos.
REGINA
Andréa Beltrão é Regina, que assim como Selma também é mãe, só que diferente da irmã ela segue sempre o que ela acredita e corre atrás do que quer. Regina é divorciada e tem um filho desse casamento, só que seu filho assim como ela seguiu sua própria vida; ela mora sozinha em seu apartamento.
A história de Regina fala sobre a mulher que não leva desaforo para casa, e faz tudo o que pode para ser feliz, também fala sobre o peso da independência feminina e o custo que isso pode ter com o passar do tempo.
LÚCIA
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A história de Lúcia fala sobre o impulso e desespero por algo que traga alegria, mesmo que isso traga consequências, também fala sobre a maturidade e a experiência que a idade trás com o tempo.
LAURA
Paloma Duarte é Laura, a irmã caçula por sua vez, nasceu com anos de diferença das outras três, cresceu sozinha e sem a companhia das outras que já eram adolescentes quando ela era apenas uma criança. Laura é lésbica e tem um relacionamento com Célia, esse namoro está em crise porque Laura ganhou uma bolsa de estudos fora do país e Célia não quer acompanha-la.
A história de Laura é sobre independência mas não de um jeito opcional, é sobre pessoas que tem que lidar com tudo sozinha por não terem ninguém por elas, sobre o abandono afetivo que muitas vezes faz falta.
A Partilha é um filme sensível e familiar, ele fala de um jeito objetivo sobre as relações entre irmãs e familiares, mesmo com mais de 20 anos o filme ainda é atual e divertido, assim como as relações entre parentes.
NOTA: ★★★★★★★★★★ 10 ESTRELAS
VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:
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