O filme é a dramatização sobre a vida do advogado, abolicionista, orador, escritor, poeta e jornalista Luís Gonzaga Pinto da Gama, ou Luiz Gama se preferir.
Luís Gama nasceu em 21 de junho de 1830, na cidade de Salvador/BA. Filho de mãe negra livre e pai branco também livre, Gama não conheceu a escravidão até seus 7 anos de idade, quando foi vendido como escravo por seu pai, para saldar uma dívida de jogo. Gama foi comprado e viveu como escravo por 10 anos longe da mãe, que não optou por sua venda.
Em 1946 Luiz Gama conhece o estudante de Direito Antônio Rodrigues do Prado Júnior, que era um convidado na casa de seu senhor. Dr. Antônio ensinou Gama a ler e escrever, pouco depois de um ano Luís já era letrado e ensinava os outros escravos que conhecia a ler e escrever também. Pouco depois disso Luiz Gama brigou na justiça com seu "senhor" por sua liberdade, já que ele havia nascido livre e agora teria como provar. Em 1948 Luiz conseguiu sua liberdade e se alistou ao exército onde foi integrada a guarda municipal e trabalhou como copista por sua boa caligrafia. Ao conseguir reconhecimento nessa profissão, ele foi contratado como escrivão para a Secretária de Policia de São Paulo, lá ele teve acesso a bibliotecas e mais livros, que o fizeram buscar aumentar cada vez mais seus conhecimento, principalmente sobre Direito.
Gama tentou se graduar na área de Direito, mas por ser negro, não conseguiu por represalhas dos estudades e do conselho estudantil. Ele participou de algumas aulas como ouvinte e passou a estudar por conta própria. Luís conseguiu o título de rábula, que é uma pessoa que possue conhecimento suficiente sobre direito, para poder se defender ou a outros, por sí só. Após atuar em casos na defesa de escravos que estavam vivendo em situação ilegal, Gama foi demitido de seu cargo por pressão dos conservadores. Mas isso não o impediu de exercer a função de defesa a favor dos seus durante toda a sua vida. Luís Gama faleceu em 24 de agosto de 1882, por causas naturais.
No elenco como Luís Gama temos Pedro Guilherme que o interpreta quando criança; Ângelo Fernandes, na adolescência e César Mello, na fase adulta; também temos Mariana Nunes, Johnny Massaro e Romeu Evaristo.
O QUE EU ACHEI ? (CRÍTICA).
Quando se é feito um filme baseado ou inspirado em fatos reais ou figuras históricas, sempre é feito um estudo antes, uma pesquisa, para saber que tipo de linguagem era usada naquela época, roupas, arquitetura, esse tipo de coisa, essa é base para qualquer filme desse tipo. Só que no caso desse filme tudo foi pesquisado, mas muito pouco foi aplicado.
O filme se passa entre 1937 até meados de 1960, quando você assiste o filme, até parece que você está conversando com sua amiga em uma esquina, toda a linguagem do filme é muito informal, até em momentos de destaque do protagonista como conversas com pessoas importantes o protagonista parece um amigo seu; isso distância muito da veracidade do personagem. O único momento que a linguagem fica um pouco mais robusta é quando ele está defendendo alguém, mas nesse ponto não parece tanto um texto do roteirista ou de alguém da produção, é se o ator estivesse lendo algo que foi dito pelo Luís Gama de verdade, e ai foge completamente do material que foi feito.
Soube depois de ver o filme que quiseram falar sobre um outo lado da história da escravidão, onde não houvesse tanta violência apelativa para filmes com pessoas negras. Só que quando se faz isso em um filme que fala sobre um período tão sangrento da nosso história, isso é apagar a história.
NOTA: ★★★★★★☆☆☆☆ 6 ESTRELAS.
VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:
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