Matilda (1996)

A garotinha inteligente e cativante que conquistou todos que a assistiram e entenderam sua história, onde ela só quer ser amada e ter uma família de verdade.

Matilda é uma produção de Danny DeVito junto com Michael Shamberg, Stacey Sher e Felicity Dahl. Danny também foi o diretor do filme, que foi uma parceria com a TriStar Pictures e distribuído pela Sony Pictures. O roteiro foi feito por Nicholas Kazan e Robin Swicord.

O longa é baseado no livro homônimo do escritor britânico Roald Dahl publicado em 1988. A história segue sendo um dos romances infantis mais lidos e conhecidos de todos os tempos. O livro é um dos mais vendidos e já ultrapassou a marca de 18 milhões de cópias desde sua primeira publicação. Isso não foi o suficiente para tornar o filme um sucesso de bilheteria. Pelo contrário, ele teve um custo de US$ 36 milhões e arrecadou somente US$ 30 milhões ao redor do mundo. Apesar de ser uma obra bem fiel à original, não teve o destaque merecido em sua estreia em 1996. É dito que o livro só se tornou um sucesso hoje por causa do filme, que foi um sucesso em Home Video após seu lançamento. Mesmo sendo brevemente esquecido por um tempo, o filme foi muitas vezes exibido pela tv aberta e a cabo, nos deixando sua marca em nossas memórias.

Na história, Matilda é uma criança destratada e até esquecida pelos seus pais desde o nascimento. Com o descaso dos pais, ela aprende a se virar sozinha. Matilda aprende a ler, escrever e somar sem a ajuda dos pais ou professores, tendo como seus únicos amigos os livros e revista que lê. Por não receber a atenção que merece dos pais, eles nem percebem a mudança da menina. Com o tempo, Matilda deseja ir à escola para aprender mais e ter amigos, só que seu pedido é negado pelos pais por acharem desnecessário colocá-la em uma escola e por acharem que ela não é inteligente. Ao aprender mais, Matilda percebe que tem muito mais que sabedoria e conhecimento dentro de sua cabeça.

Interpretando a pequena Matilda, temos Mara Wilson; Danny Devito é Harry Wormwood, pai de Matilda; Rhea Perlman é Zinnia Absinto, mãe de Matilda; Embeth Davidtz é a doce professora Jennifer Honey e Pam Ferris é a cruel e temida diretora Agatha Trunchbull.

O QUE EU ACHEI (CRÍTICA)

O filme é um doce. Além de ser uma história meiga, particularmente é um dos meu livros infantis favoritos. Ele tem uma mensagem que é mais do que necessária nos dias de hoje: "família é aquela que se constrói".

O filme fala sobre responsabilidade parental, responsabilidade afetiva e o bom e velho bom senso. Por Matilda não ter nenhuma atenção ou carinho dos pais, ela usa os livros como refúgio para si mesma. É muito triste de se pensar que uma criança tem que fazer isso para sobreviver psicologicamente ao abandono afetivo. Se fosse só no filme, seria só mais um filme, só que não é!

O longa fala justamente sobre o reflexo de uma criança crescendo em um ambiente emocionalmente instável e como ela lida com ele. Os seus dons só são uma metáfora para uma criança que tem que se proteger sozinha por não ter a quem recorrer. O fato do filme  flertar com o tema do abuso infantil de uma forma cômica é um meio brando de se criticar o que acontece com as crianças que muitas vezes não são ouvidas pelos próprios pais. É um pedido de atenção para o que está em volta dos pequenos e como eles lidam com isso. A história de Matilda é uma carta aberta a todos que não percebem o que se passa com as pessoas à sua volta e também do que não fazer a elas.

Na minha opinião o livro/filme ou filme/livro é um clássico literário e cinematográfico, que ainda será exibido para muitas gerações de Matildas, que já nasceram e que ainda irão nascer, e também estarão em busca de uma família que só queira lhes dar amor e coisas boas.

NOTA: ★★★★★★★★☆☆ 8 ESTRELAS.

VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO: