O filme é uma adaptação de um conto de Isaac Asimov, chamado The Bicentennial Man de 1976. A história fazia parte de uma série escrita por Isaac chamada Robôs, onde ele apresentava breves história sobre robôs com cérebros positrônicos. Isaac também foi o responsável por criar as leis da robótica:
2 - Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a primeira lei.
3 - Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou a segunda lei.
Mais tarde Isaac introduziu a Lei Zero, que é acima de todas as outras.
0 - Um robô não pode causar mal a humanidade ou, por omissão, permitir que a humanidade sofra algum mal.
A ideia do filme teve um início conturbado. O longa seria produzido pela Buena Vista, que faz parte do grupo Disney, com um orçamento inicial de US$ 100 milhões. Durante as gravações, a Disney teve problemas com locações e atraso nas gravações, que levou a casa do camundongo a vender o filme para Columbia Pictures, que convidou a Touchstone para ser sua parceira no projeto. O Homem Bicentenário teve o roteiro de Nicholas Kazan e foi dirigido por Chris Columbus, que não perdeu tempo e colocou sua produtora, 1492 Imagens como mais uma parceira do filme. Chris também foi um dos produtores do filme, junto com Michael Barnathan, Laurence Mark, Gail Katz, Wolfgang Petersen, Neal Miller, Mark Radcliffe. O longa foi lançado em dezembro de 1999 e arrecadou somente US$ 87 milhões, valor que nem chegou a cobrir seus gastos com a produção.
Robin Williams é robô Andrew Martin; Sam Neill é Richard Martin (Sr); Embeth Davidtz é Amanda Martin (Menininha), e Portia Sharney, a neta da Menininha; Oliver Platt é Rupert Burns, filho do criador dos robôs NDR; e Stephen Root é Dennis Mansky, o dono da fábrica dos robôs.
O QUE EU ACHEI (CRÍTICA).
Esse é um filme que divide opiniões até hoje, mas para mim, O Homem Bicentenário é um dos melhores filmes que vi até hoje. Sempre que termino de assistir, me vem uma sensação de conforto e calma, que é exatamente o que é passado pelo personagem no final do filme.
O longa não tem a melhor atuação de Robin Willliams e nem dos outros atores. O que conquista nesse filme é o roteiro, que mesmo tendo partido de uma ideia dos anos 70, ainda é uma história a ser contada muitas e muitas vezes.
Andrew é um personagem extremante inocente e sincero, que nos remete a algo quase infantil, já que o filme começa com a primeira vez em que ele é ligado e conhece a família Martin, quase como se fosse o seu nascimento. Ao aprender coisas novas e despertar a culpa dentro de si mesmo, começa todo o debate moral sobre o ser humano ou não. Mas isso não se retém somente ao debate com robô, mas como a questão de superioridade como um todo. Afinal, apesar de Andrew ter vontades e desejos ele ainda é uma "coisa" que pertence a família martin como um objeto quando se pensa nele como um robô, mas como um escravo quando se dá humanidade a ele. 
O filme também fala sobre "ser" e "parecer" como lidar com uma "normalidade" que é imposta pela sociedade como um todo. A busca de Andrew fala sobre encontrar a si mesmo, por mais que leve anos, ou décadas, todos buscam a melhor versão de nós mesmos, e mudados conforme achamos que devemos mudar, tudo dentro do possível. Olhando dessa óptica o filme se torna muito maior do que realmente é. Por isso, o seu crédito se deve a Isaac Asimov, que trouxe um debate muito maior encoberto por uma trama cientifica dos anos 70, que só foi conhecida a partir da evolução da sociedade. Uma escrita muito além de seu tempo.
NOTA: ★★★★★★★★☆☆ 8 ESTRELAS.
VEJA O TRAILER DO FILME ABAIXO:
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